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domingo, 13 de junho de 2010

Uma experiência diferente

Em primeiro lugar quero pedir imensas desculpas por esta longa ausência, sem publicar nenhum post no blog.
Pretendo então mostrar o que significou toda esta experiência do voluntariado que tenho vindo a realizar com os elementos do meu grupo, e a  partilhar com os portadores de Síndrome de Down da associação APADP. E, claro transmiti-la a todos os seguidores do nosso blog, que tenham interesse no nosso projecto que temos vindo a desenvolver, e nas experiências que temos vindo a viver. Mas não só me refiro à Trissomia 21, pois esta associação não integra apenas portadores desta síndrome, mas também de outras deficiências, tornando, assim, o meu convívio com estas pessoas mais enriquecido.
Não posso dizer que abracei a ideia de realizar o voluntariado com bons olhos, pois estaria a mentir-me a mim próprio, e a todas pessoas que têm vindo acompanhar a nossa experiência como voluntários.
E digo-vos isto, porque fazer voluntariado não é algo que possamos considerar fácil, temos de estar preparados, e mentalizar que vamos, entrar em contacto com pessoas, que infelizmente encontram-se naquela situação. impossibilitadas de ter uma vida normal. E quando digo normal, refiro-me à possibilidade de se tornarem independentes, sem necessitar de serem auxiliados por alguém, praticamente, 24 horas por dia, com as necessidades, que ao nosso ver são as mais básicas. Poder ter uma casa própria, constituir uma família, ter um emprego decente etc. E tudo isto são aspectos a que muitas vezes não damos o seu devido valor. Mas não é por esse motivo que eles se entristecem, pois posso garantir-vos a enorme felicidade e carinho, que demonstram ao verem-nos e como nos recebem, ao mesmo tempo que interagimos com eles, tornam aqueles poucos minutos, naquele espaço os melhores das suas vidas, e das nossas também. E digo-vos mais, nao há nada melhor do que tornar aqueles minutos, horas ou dias, que desperdiçamos em coisas supérfluas, em momentos nos quais colocamos um sorriso naqueles que mais precisam. Além de nos tornarem, mais humanos, permitem-nos olhar para o mundo de uma forma diferente.

Muitos abraços, Amir! 

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