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sexta-feira, 16 de abril de 2010

LoveGivesMeHope


O amor traz-nos sempre esperança...

« Today I brought my boyfriend home for the first time.
My former boyfriends have felt uncomfortable around my sister, Katie, who has Down Syndrome.
When Katie met my boyfriend, she hugged him and said “I love you already.” What did my boyfriend do? He said “I love you too. Sorry, Auden, but she’s stolen my heart.” »

[Tradução: Hoje trouxe o meu namorado cá a casa pela primeira vez. Os meus ex-namorados sentiam-se desconfortáveis quando estavam perto da minha irmã, Katie, que possui Síndrome de Down. Quando a Katie conheceu o meu namorado, ela abraçou-o e disse: "eu amo-te." E o que é que o meu namorado fez? Ele disse: "Eu também te amo. Desculpa, Auden, mas ela roubou o meu coração". )


É sempre bom ler estas histórias que nos lembram do amor que podemos receber de uma pessoa com esta síndrome.
Como é o caso do amor e do carinho que temos vindo a receber nas nossas sessões de voluntariado. Têm sido cada vez mais divertidas e deixam-me completamente renovada quando saio porta fora. À medida que o tempo avança, os laços que criamos intensificam-se e já quase que sei o nome deles todos!
Se vocês pudessem um dia experimentar uma dança com eles, recortar e fazer colagens com eles ou até um simples pintar de um livro, vocês não iam querer outra coisa. É impossível sair daquela sala sem que o vosso sorriso não se abra umas vinte vezes e torna-se reconfortante saber que eles anseiam por cada sessão e que realmente percebem que nós estamos lá por eles. Sim, ando bastante feliz com o nosso trabalho lá, somos realmente um grupo que é um máximo. :D

muitos beijinhos e até à próxima !

Por: Andreia

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Portador de Síndrome de Down ganha prémio de melhor interpretação


Pablo Pineda , no 57º Festival Internacional de Cinema de San Sebastian, arrecadou o prémio de melhor interpretação através da sua participação no filme espanhol "Yo, También", contando com a realização de Álvaro Pastor e António Naharro.
Com este feito Pablo Pineda demonstra mais uma vez, que ser portador de Trissomia 21 não se apresenta sempre como um obstáculo,bastando apenas ter força de vontade para conseguir superar qualquer desafio, obtendo uma vida normal como qualquer outra pessoa.
Em relação à longa metragem "Yo, También". Pablo desempenha o papel de Daniel Sanz, um portador da Síndrome de Down, que se torna na primeira pessoa com esta sindrome a licenciar-se. Depois da sua licenciatura começa a trabalhar na administração pública em Sevilha, onde conhece Laura, a sua colega de trabalho, interpretada por Lola Dueñas. Tornam-se amigos, e começam por atrair a atenção dos seus colegas de trabalho, como também dos seus familiares. Mas durante esse tempo a sua relação com Lola começa a complicar-se, pois Daniel apaixona-se por ela. Novamente os seus espíritos rebeldes recusam-se a dobrar sobre os preconceitos da sociedade, e descobrem a amizade e o amor com nunca antes o tinham conhecido.
Um facto curioso em relação a Pablo Pineda é que além de protagonizar este papel, fora do grande ecrã foi o primeiro europeu, portador da Síndrome de Down, a licenciar-se.
Para concluir recomendo este filme, não só para os que convivem constantemente, ou que tem um certo tipo de contacto com pessoas com Trissomia 21,mas também para aqueles que tem uma ideia muito pouco fundamenta e distorcida sobre estes portadores. Obtendo uma visão diferente em relação a todos os que não por sua culpa transportam, infelizmente, esta deficiência, mas não deixam de superar os seus obstáculos,estabelecer relações com outros seres humanos, comunicarem e realizar os seus sonhos.




Abraços Amir :)

terça-feira, 13 de abril de 2010

Piada sem graça?

Bem, antes de mais nada peço desculpa pela fraca actividade no blogue mas temos estado sem ideias e temo-nos focado noutras partes do nosso projecto, mas pretendemos que este blogue volte a funcionar com toda a força. Ora bem, estou aqui para partilhar algo que me chocou de ser certa forma convosco.
Enquanto "navegava" pela internet na aula de Área de Projecto procurando informações sobre Síndrome de Down deparei me com uma notícia de um comediante estrangeiro chamado Frankie Boyle que acha hilariante o facto de que um portador de Síndrome de Down morre mais cedo. Acho isto rídiculo e ao mesmo tempo chocante. Não percebo bem que raio de humor negro é este, peço desculpa pela agressevidade das palavras. A verdade é que a mãe de uma portadora da síndrome estava sentada na plateia e ficou bastante perturbada por estas piadas, sendo que em pleno espéctaculo humoristico houve uma troca de palavras pouco amigável entre o casal e o comediante. O caso tem gerado alguma polémica, causando a indignação de familiares de pessoas com esta deficiência. Aqui têm uma fotografia deste ridículo humorista, para quem não o conhece.

Mas bem, isto fez me pensar com mais atenção na esperança de vida de um portador de Trissomia 21. A verdade é que na associação em que fazemos voluntariado existe um utente com Síndrome de down com o qual temos uma relação bastante especial e que tem por volta de 48 anos... É algo que entristece um pouco, pois a maioria dos portadores desta síndrome vive até à meia idade aproximadamente. Pelo menos era disto que eu tinha conhecimemto, mas aparentemente têm sido feitas algumas melhorias neste campo, de acordo com a minha pesquisa.


Nos anos 20, a esperança média de vida de um portador desta deficiência rondava os nove anos de idade, pois este caso ainda não estava bem desenvolvido, e os cuidados médicos não eram os melhores. Porém graças a sucessivos avanços na medicina e descobertas neste campo, as condições de vida destas pessoas foram aumentado e também a sua esperança média de vida. Nos anos 40, a esperança média de vida rondava os catorze anos de idade e nos anos 80 subiu para cinquenta anos. Actualmente é cada vez mais comum, pessoas com Síndrome de Down viveram até aos sessenta, setenta anos, ou seja uma expectativa de vida muita parecida com a da população em geral. Em 2007 faleceu o portador de Trissomia 21 mais velho do mundo que contava com uns bons 74 anos de vida.

Resumindo, podemos dizer que existe muita esperança para portadores desta característica, e que o Frankie Boyle pode esquecer a sua piada sem graça =). Enquanto houver descriminação, haverá sempre alguém para a combater e nós estaremos cá.
Bem, e vocês o que acham? Existe alguma graça em fazer piadas cruéis, ignorantes e do humor mais negro possivél sobre Síndrome de Down? Quais são as vossas opiniões?


Se estiverem interessados em ler a notícia cliquem aqui.


Abraços, Rafa


PS: Quaiquer sugestões para este blog ou para as nossas sessões de voluntariado seriam apreciadas =)